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FORTUNA CRÍTICA

 

 

Inventário de desimportâncias

 

“(...) Inventário de desimportâncias, coletânea do grupo O Bodoque, é composto de narrativas. Assim está anotado na ficha técnica. Os autores são Cecília Cassal, Cláudio B. Carlos, Cleber Pacheco, Fábio de Souza e Gladstone Machado de Menezes. O segundo é o coordenador editorial do grupo e eu o conheço há alguns escritos. (...) Cláudio B. Carlos (meu conhecido de longas datas). Diz-se ‘poeta da nulidade, filósofo do nada e editor de livros marginais’. Seus continhos esquadrinhei há alguns anos e por eles quase me petrifiquei, qual sapo na lagoa, galinha no terreiro e gente na beira da vida. Há uma delícia de narração em ‘O círculo’:  ‘Foi num junho que decidi que não gostava mais do meu pai. Dos perdigotos e arrotos à mesa. Da cara e das mãos de ferro fechadas – acho que as mãos de ferro do meu pai estavam enferrujadas, pois nunca se abriam para afagos’. Esse é escritor em qualquer sentido, indo e voltando.”

Fortaleza, 24/26 de janeiro de 2014. No blog de Nilto Maciel, escritor.

 

 

Arado, Uniforme & Aprendiz

"Antes das edições brasileiras das curtas 'ficções' desapegadas de gênero de Lydia Davis e dos textos de linguagem viva de Junot Díaz, estilos bacanas, Cláudio B. Carlos já tinha os seus Um arado rasgando a carne O uniforme, que acrescem a uma coisa e outra a força de sua poesia. Em O aprendiz de poeta, prova que é um escritor capaz de comprar 'todas essas rosas'. Valeu a leitura, meu amigo!"

Alberto Bresciani, poeta – Brasília, DF.
 
 
 
O homem do terno de vidro
 
“Caro Cláudio, muito me agradou a leitura de seu O homem do terno de vidro. Muito teria a dizer, mas me atento apenas para um ponto: o peso que carrega este homem. A exasperante existência, a Cruz que nos jogam aos ombros no nascimento, o fardo sagrado e sacramentado que é a vida, o desespero mítico. ‘A vida pesa’ não por ser um peso morto, mas por ser uma leveza desesperadora, uma leveza que cresce e se levanta com o vento, feito pó da estrada. Tudo é caos: ao redor do homem do terno de vidro, ao redor de nós mesmos. Quem me dera reconhecer meu desserviço sendo poeta. Ou lançar-me no abismo da ignorância. Poesia é o que nos mata (e nos permite viver). Sabe-se lá. É impossível não se identificar com esse homem. Impossível não sentir sua ‘cobardia’, tão nossa. Impossível sair ileso da leitura e não reforçar ainda mais o coro: ‘é preciso acabar com o sonho tão logo ele nasça. do contrário ele pode se transformar em frustração.’ Contudo, é possível engolir tudo isso. Engolir as abelhas, as moscas, as orquídeas, engolir os sapos, os sacos, a menina do balão amarelo, o motorista, a puta velha. Engolir a cidade, o caos, a lama. Metamorfosear tudo isso num ritual antropofágico. O resultado de tudo isso se dá no belíssimo trabalho que tive a felicidade de ler. E, como diria Belchior: ‘a felicidade é uma arma quente’, e lendo O Homem do terno de vidro compreendo ainda mais esta metáfora que se esconde atrás do bigode de nosso rapaz latino-americano. Abraços, meu caro Cláudio.”

Flávio Otávio Ferreira, poeta – Araxá, MG.
 
“Não vi o tempo passar lendo esta obra do poeta e amigo Cláudio B. Carlos. Recomendo com muito prazer, pois desejo que este livro faça tão bem aos meus amigos quanto fez a mim. (...) Cara, comecei a ler e só consegui parar quando 'ele' se perdeu na Av. Afonso Pena, cinco minutos atrás. Após concluir, me dei conta do quão simplórias haviam sido minhas leituras mais recentes, e de como vale a pena quando o texto realmente é bem construído.”

Daniel Zanette, editor – Caxias do Sul, RS.
 
 
O homem do terno de vidro é, de fato, uma obra incrível, no sentido de ser impensável para a mediana literatura, mas possível para um gênio. Parabéns!"

Ádlei Duarte de Carvalho, poeta e romancista – Belo Horizonte, MG.
 
 
 
"Meu querido, já venho lendo e pinçando delícias, mais uma vez parabéns por nos fazer tão bem com suas palavras. Beijo carinhoso."

Marcia Kastrup Rehen – Rio de Janeiro, RJ.
 
 
"Cláudio!
Muito obrigado. Aguardava esta leitura com curiosidade e muita expectativa. Um grande abraço."


Emmanuel de Ceriz, escritor – Porto, Portugal.
 
 
"Cara, eu estava pensando sobre o seu livro: é deveras perturbador, porque o seu personagem carrega um pensamento/sentimento paradoxal muito interessante, que seria um bom motivo de dissertação de mestrado. Em minha opinião, você conseguiu construir um diálogo entre o ego e o alterego de um homem muito maior e mais profundo do que qualquer outro personagem com que já me deparei nas leituras da vida. Machado de Assis – com Bentinho – e Dostoiévski – com Ródia e Aliócha – também fazem isso. Mas em nenhum deles, esse exercício do pensamento/sentimento surge tão profundo... Você é genial!"

Ádlei Duarte de Carvalho, poeta e romancista – Belo Horizonte, MG.
Posfácio do livro O homem do terno de vidro.
 
 
"Cláudio,

acabei de ler o teu livro. Foi uma viagem dolorosa, como deve ser. Felizmente, não é o livro da minha vida mesmo que se pareça com isso, mesmo que só às vezes ou, se calhar, é engano.
Felizmente que me engano.

Não sei bem o que te dizer. Só sei que, agora, sinto como se estivesse a largar raízes dentro de mim, como uma espécie de eco muito longo. Muito obrigado por me teres deixado lê-lo, saber que ele existe e com esta força de abismo magnético.

Um grande abraço, Poeta.

Cláudio,

passou uma noite e ainda sinto a presença do livro. Em grande.

Abraço, J."


João Silveira, poeta – Lisboa, Portugal.
Orelha do livro O homem do terno de vidro.
 
 
VIAGE(m) (ns)

Cleber Pacheco*
 
 
          "Uma viagem ao nada, uma viagem ao inferno (existencial), rumo ao caos. Confissão sem esperança de uma via redentora. Memória ou diário da desordem. Indo de nada para lugar nenhum. Grito. Espasmo. Pedido de socorro. O HOMEM DO TERNO DE VIDRO é tudo isso. E muito mais. Uma tentativa (vã, provavelmente) de organizar o caos. Todavia, um caos que tem um sentido. Trajetória pessoal e universal, contemporânea e atemporal.
          Prosa, poesia, música, insight. Flashes de uma memória, flashes do instante, do presente, vislumbres de realidades que se cruzam. Estética a serviço da inteligência.
              Rasgos de sentimento.
             Êxtase da angústia sem resposta.
            Um livro inquietante, original, ousado, que nos desafia desde a primeira linha. Um livro que nos incita do início ao fim. Desassossego. Busca.
            Uso primoroso da linguagem, às vezes quase delirante, utilizando os conceitos e a lógica para desafiar estes mesmos conceitos e a dita lógica.
          Obra original que reverbera em nossa mente e fica ali, com seu inquietante rumor ecoando em nossos neurônios, em nosso coração, palpitante, viva.
             Um livro com uma força incomum. Literatura que vibra. Talento.
             Nenhum leitor pode sair incólume.
             Impossível não recomendar este livro."
 
* Mestre em Literatura Brasileira e Especialista em Filosofia. Poeta, contista, romancista, dramaturgo, crítico literário e artista plástico.
Posfácio do livro O homem do terno de vidro.
 
 
 
"Cláudio,
 
boa noite (ou bom dia).
 
Estou fascinado pelo homem do terno de vidro.
Refiz com você toda a viagem, o road-texto(?), imagem por imagem, o poético misturado à narrativa, a narrativa exagerada no poético, o texto vez-em-quando Roseano, as idas-e-vindas ao dicionário, à enciclopédia, à memória etc.

Parabéns!

Cláudio,

bom dia.

Desculpe o tom empolgado demais do e-mail de ontem, foi escrito sob o efeito de alguns uísques.

Gostei muito. Da fluência, da cadência, da sobreposição das imagens poéticas passando como se vistas da janela do ônibus em movimento, ou o filme ao qual o personagem às vezes afirma estar.
 
Abraço."

Gladstone Machado de Menezes, escritor – Brasília, DF.
Orelha do livro O homem do terno de vidro.
 
 
"Caro poeta e amigo,
acabo de folhear sua obra.

 
A bela capa serve como convite para a leitura do que me parece uma prosa poética (até por influência da palavra 'rimance').
(...) Por suposto, li uma que outra frase, um que outro trecho, mas quero ler sua saborosa xácara de cabo a rabo. (...) fiquei tão tocado com o que li que não aguentei esperar o fim da leitura para expressar minha comoção.

(...) Seu texto me soa triste, porém saboroso ao paladar deste leitor.

Saudações e êxitos."


Z.A. Feitosa, poeta e escritor – Marizópolis, PB.
 
 
"(...) óbvio que não resisti e já dei uma passadinha... 'a coragem de um homem é do tamanho de sua conta bancária.' Fabuloso, sem mais.
 
(...) corrigindo, era para ser só uma passadinha... mas não foi. Li todo o 'livro um', lerei novamente, com mais calma, é claro, porque é preciso. Tu é foda, CC!"

Leonardo Aver Pires – Caxias do Sul, RS.
 
 
“'Tenho sido vela teimosamente acesa num corredor de janelas abertas.' Que imagem boa."

Luis Fernando Ferreira, jornalista – Santa Cruz do Sul, RS.
 
 
"O livro é tudo o que eu havia antecipado, envolve o leitor desde as primeiras linhas. Sem falar na riqueza de conteúdos (linguísticos, estéticos, humanos...) que é imensa! Ainda iremos conversar mais, por enquanto quero que saiba que fiquei encantada: trama, personagens, cenários e diálogos internos e externos... enfim, tudo encanta em seu livro. Um detalhe: fiz a leitura enquanto viajava para Caicó, igualmente de ônibus. A viagem foi maravilhosa! Parabéns, tamanha é a sua fortuna literária!"

Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB).

 

 

Sentimento Hiato

"O célebre escritor italiano Tomasi di Lampedusa classifica os escritores em gordos e magros. Gordos são aqueles que explicam tudo ao leitor escrevendo grandes volumes repletos de detalhes. Já os escritores magros são sucintos e obrigam o leitor a participar de sua obra, a fazer conclusões por si mesmo, a completar o que não foi dito, a buscar as entrelinhas. Pois bem, Cláudio B. Carlos é um escritor magro no melhor sentido do termo. Incita-nos a refletir, preencher espaços, participar de cada verso, a continuar ruminando as palavras para melhor digeri-las e entendê-las. Para um poeta não poderia haver melhor elogio. Que os leitores saboreiem este livro sem pressa, pensando e sentindo junto com o autor, pois este é um poeta que pensa."

Cleber Pacheco, poeta, contista, romancista, dramaturgo, crítico literário e artista plástico – Esmeralda, RS.

Orelha de Sentimento Hiato (2ª edição).

 

 

Lírica fedentina

"Estou lendo. Gosto como a sua escrita é cheia de emoções intensamente sentidas e sofridas como que resultando de 'um arado rasgando a carne'. Por vezes gostaria de pular o oceano. Um grande abraço."

Emmanuel de Cériz, escritor – Porto, Portugal.

 

 

 

Estância dos Eucaliptos

 

"Recebi agora o Estância dos Eucaliptos. Fiquei emocionado em ver os desenhos impressos... Espero também continuar a parceria... Grande abraço."

Gladstone Machado de Menezes, escritor e ilustrador do livro Estância dos Eucaliptos – Brasília, DF.

 

"Meu caro amigo Cláudio! Muito obrigada por dar-me a oportunidade de ler teu livro Estância dos Eucaliptos. Adorei! Sou de Livramento e, apesar de ter sempre morado na cidade, tive muitas oportunidades de passar as férias em casa de colegas ou de parentes, na Campanha. Então, tua narrativa (de excelente qualidade) me deu a oportunidade de voltar àqueles tempos. (...) Me senti lá em Pampeiro (no interior de Livramento), na casa do meu primo, que trabalhava como meeiro. Eu era uma menina, da idade do personagem do teu livro. Assim como ele, eu gostava de ficar observando as pessoas."

Verônica Baumhardt – Porto Alegre, RS.

 

 

"Cláudio B. Carlos, minha madrugada foi melhor com sua leitura. (...) as madrugadas não são lá muito gentis, mas suas palavras, mesmo quando não o são, vêm com algum alívio de quem andasse pelos desertos do mercado e BLAM, encontra uma rocha verdadeira de onde se sai a água mais límpida."

Nina Rizzi, escritora – Fortaleza, CE.

 

 

"(...) Adorei seu estilo conciso, bem costurado, de frase enxuta, que lembra Graciliano Ramos. Puxa, como você escreve bem!"

Rinaldo de Fernandes, escritor, doutor em letras – João Pessoa, PB.

 

 

 

"Vou na segunda leitura de Estância dos Eucaliptos, de Cláudio B. Carlos, e estou 're'adorando."

Célia Silveira Santos – Lisboa, Portugal.

 

 

O uniforme

 

“Excelente livro.   Adorei  realizar a leitura  das  narrativas   que o compõem.  Chorei,  inclusive,  ao 

lê-las, especialmente a que oferece título ao livro. Bom texto é isso: transporta, emociona, nos faz viver.”


Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB).

 

"Em seu blog, Cláudio B. Carlos informa, irônico, que é um 'poeta da nulidade', um 'filósofo do nada', mas ele sabe preencher essa nulidade ou nada com livros, muitos livros. (...) descobri O uniforme por acaso. (...) seus registros são muito pessoais, que alcançam um bom tom. Quero dizer com isso que não me parecem piegas, longe disto. (...) são corajosos exercícios de estilo, onde estão recolhidas memórias e experiências. Seriam invenções? Claro, mesmo memórias podem ser inventadas, mas algo de verdade sempre deve transparecer em narrativas deste tipo. Vou procurar outras cousas deste industrioso sujeito."

Aguinaldo Severino – Santa Maria, RS.

 

 

“Contundente, irônico, tragicômico, deixa a gente com um sorriso amargo na boca. Cláudio B. Carlos consegue dizer muito com um mínimo de palavras e isso não é para qualquer um.”

Cleber Pacheco, poeta, contista, romancista, dramaturgo, crítico literário e artista plástico – Esmeralda, RS.

 

"(...) e estou vendo que você é um contista dos bons, hein?

Já li e levei uma bela cacetada, com 'O Uniforme', o primeiro miniconto do livro de mesmo nome. Magistral!

No segundo conto você mostra sua destreza com as palavras e a inteligência de seu jogo quando escreve:

'Sei de gente que dispara. Sei de gente que diz pára...'

Já deu pra ver que só vem coisa boa adiante...

Dei uma espiada em 'Quem ama o feio...' Mamamia... Maravilhoso! Curto e pontudo!

Abração."

Airo Zamoner, escritor - Curitiba, PR.

 

 

 

"Cláudio Carlos (CC) é de São Marcos – Rio Grande do Sul – e já publicou várias vezes. O Uniforme é a quinta obra desse poeta e prosador na minha biblioteca. 'Nessa noite tive medo de dormir solito. Enfiei-me sob o bichará, e como um filhotinho de guaipeca me aninhei no braço forte e aconchegante do pai, que ressonava, exalando um leve cheiro de cachaça. Adormeci.'

'Eu era guri e fiquei impressionado: como podia caber tanta água dentro daquilo que os doutores chamavam de torneira...'

'Da minha coleção de bolitas, a mais bonita era o olho de vidro do finado Alfredo.'

Essas algumas frases pinçadas, mostrando o sotaque e o humor de Cláudio. O livreto é pequeno, poucas páginas, mas denso e exalando a já reconhecida sensibilidade do autor. Vale a pena."


Do blog de Ordisi Raluz, escritor - São Paulo, SP.

 

 

 

Um arado rasgando a carne

 

"Terminei a leitura de Um arado rasgando a carne.
Gosto muito da voz-criança das narrativas: 'A Santa', 'O Primo Agnes', 'O jantar do comendador'.

Do regional-universal(?):
'Réquiem para Adalberon', 'O Deus', 'Como gato que fica sem dono', 'taedium vitae'   e  do   conto-
-título.

Parabéns!"

Gladstone Machado de Menezes, escritor – Brasília, DF.

 

 

"Um arado rasgando a carne traz narrativas intensas. Algumas se desenrolam como alucinações, outras como um desabafo profundo, revoltado e transgressor. A cada narrativa percebe-se uma faceta, uma máscara singular do escritor, que se desdobra em substantivos e adjetivos delirantes que ora desvendam sonhos, ora escancaram a realidade. O que fica claro nos textos de Cláudio B. Carlos é que tem talento, que sabe trabalhar os símios e signos para alcançar seu objetivo: atingir o leitor."

Larissa Marques, escritora – Sobradinho, DF.

 

 

 

"Saber escrever não é tudo: Cláudio B. Carlos sabe ser contista, do título ao desfecho. Vejamos 'Réquiem para Adalberon'. Em poucas linhas, pinta – parecem rabiscos, traços fortes, como se rasgassem a tela – um momento da vida de alguém (narrador sem nome explícito): a visão do corpo de Adalberon 'pendurado na velha figueira'. Nenhum comentário, nenhuma fala. Quase nada: 'Galinhas, ao derredor da casa, ciscavam alheias'. Mais duas ou três frases ('o enrolei no poncho e o plantei próximo aos eucaliptos') e fim do fim: 'O cusco seguiu-me na modorra da tarde que se extinguia...'.
 

No conto breve, o escritor precisa não ser apressado. Não contar tudo no título. Esconder do leitor o desenlace, sempre necessário. Conto não deve parecer notícia. Nesta, não interessam ao leitor as galinhas que ciscam no terreiro. No conto, são essenciais.

Há, em Um arado rasgando a carne, narrativas (assim Cláudio denomina suas pequeninas histórias) de alto teor literário, poéticas, insubstituíveis: 'Chão de pregos em brasa', 'O jantar do comendador', 'O que se chama amor', 'O Deus', 'Anandaiê', que destaco. Algumas curtinhas; outras, nem tanto. Cláudio B. Carlos não é um contador de histórias. É um contista."


Nilto Maciel, escritor.

Contracapa de Um arado rasgando a carne, 3ª edição (2012).

 

 

"É tão raro a gente se deparar com o talento real, puro, genuíno, que quando ele nos aparece, ficamos sem ação um tempo. Com o Cláudio é assim. Cada frase, cada palavra, está no lugar exato onde deveria estar. E antes que você pergunte, não, essa precisão não tira o sentimento do que ele diz, não, ao contrário: acentua. Que venham muitos outros."

Fal Azevedo, escritora – São Paulo, SP.

 

 

"Um sábio disse certa vez: 'Toda idade tem seu encanto'. Este livro segue esta linha que te leva a dar uma volta pelas várias fases da vida e o faz com tanta cumplicidade que manda o leitor interagir com a história. O texto porta-de-entrada do livro revela o inconsciente do artista e, por conseguinte, aquilo que o move: a dor. O livro segue com belas narrativas-fantasia como 'O Deus' (uma prepotência deliciosa) e 'Chão de pregos...' (onde uma dor não física tenta ser explicada por dores físicas). Depois somos guris sofrendo, entendendo, lembrando, bolinando. Ora somos velhos ou inválidos, ora meros espectadores respirando os bons ares do campo até o livro se encerrar e saímos pela mesma porta que entramos. Um arado rasgando a carne é um livro tenso que demonstra que as coisas mais importantes da vida só podem acontecer pelo viés da dor e que isso pode não ser uma maldição, mas a própria vida. Uma grande obra para a língua portuguesa."

Cezar Sturba, poeta – João Pessoa, PB.

 

 

"É um livro sutil, cândido e cabal sobre um garoto que vive entre o campo e a cidade, poesia prosaica, prosa refinada, tanto faz, é um livro de se ler duma sentada e de se levantar com gosto de chimarrão e jovialidade, faz da dor a beleza e da beleza a leveza sem cair na melifluidade, vai, chega, atinge, sacia, e também ensina sem querer, parabéns ao autor."

Everton Bortotti, escritor – Londrina, PR.

 

 

"Foi lido de uma vez só. Sem pausa para água - apesar de ter ficado com a garganta seca. Foi lido de uma vez só, num único final de tarde de garoa em São Paulo. Antes de a noite começar. Antes de ficar com a sensação de ter levado uma pancada no estômago.
Amigo CC, adorei Um Arado Rasgando a Carne. Textos fortes, temas interessantes, linguagem bacana. Meus preferidos: 'Chão de Pregos em Brasa', 'O Rato', 'O Primo Agnes', 'O Jantar do Comendador', 'Balada para Adonai Mellendez', 'O Deus', 'Anandaiê'.

Parabéns pelo livro. Mesmo.

Um abraço,

Edu."

Eduardo Baszczyn, escritor – São Paulo, SP.

 

 

"É fascinante quando o autor consegue levar o leitor ao ambiente onde se passa a narrativa e ali o prender em uma trama de detalhes. É assim que me sinto ao ler seu livro. Parabéns!"

Leonardo Aver Pires, Caxias do Sul, RS.

 

 

"Só posso dizer que recomendo, sinceramente. Excelentes textos em prosa, sempre precisa, madura, esteticamente bem construída e com momentos de verdadeiro brilhantismo."

Celso Boaventura, poeta – Natal, RN.

 

 

"O livro é para quem gosta de perder a respiração. Os retratos humanos propostos são de uma beleza e força ímpar. (...) o que devo dizer é que não é livro para uma só leitura, tem que se retornar nele de vez em quando, até decorá-lo. É o que faço com Dalton Trevisan, Hilda Hilst, e vou fazer com o teu livro."

Rubens da Cunha, poeta – Joinville, SC.

 

 

"Caro Cláudio!
 

Com muito prazer, tive a boa surpresa de receber o teu livro de narrativas. Narrativas densas e saborosas, que li de um só galope."

Roberto Fonseca, escritor – Brasília, DF.

 

 

 

"Olá!
(...) encontrei em uma livraria aqui em Jaraguá do Sul, SC, um livro seu: Um arado rasgando a carne. Lembrei-me do que já havia lido no blog e adquiri o livro, e não me arrependi!
'não sei nominar o que sinto
que nome se dá a um
arado rasgando a carne?' 
abraços."

Ítalo Puccini, escritor – Jaraguá do Sul, SC.

 

 

"Caro amigo,

Fiquei realmente muito contente ao receber o seu livro. Achei interessante o fato de classificar os seus textos como 'narrativas', ao invés do tradicional 'contos'. Aliás, dizendo melhor, você buscou evitar as classificações. Outro motivo do meu contentamento foi o fato de encontrar força e qualidade em sua escrita. (...) cenas chocantes e de impacto, certo lirismo, um certo pessimismo, diga-se de passagem.

Felicito-o e aguardo novas produções."

Cleber Pacheco, poeta, escritor, mestre em letras - Esmeralda, RS.

 

 

"(...) o livro proporciona uma leitura gostosa, faz com que o leitor viaje nos contos narrados por Cláudio Carlos. (...) é um livro inteligente..."

Lucas Mauro Lazzaron – Caxias do Sul, RS.

 

 

 

"Li hoje numa sentada 'Um arado...' (...) teu livro é um estopim. Ele desencadeia histórias que são plantadas e colhidas, embora não percebamos essa colheita. Nossa vida caminha numa carreira tão frenética que não temos consciência do chão que pisamos e semeamos. Não temos controle sobre nada, nem mesmo sobre os sentimentos. Eu gostei dessa ambientação na maioria de tuas narrativas: o rural, o campo, a montaria... (...) a perversidade e o sarcasmo atravessam o teu texto. É interessante porque não dá pra levar tudo a sério. Tem circunstâncias na vida em que deveríamos simplesmente ignorar a importância de tudo, sem razões, sentimentos e suspeitas. Ser frio e insípido. Mas não por mal, apenas para provocar a vida mesmo. Ser aquele rato morto que cai sobre o jantar...

Abraço."

João Batista (JB) - Joinville, SC.

 

 

 

 

Arado & Uniforme

 

"Adorei O uniforme e Um arado rasgando a carne! Muitíssimo obrigado! Sua literatura é forte e das boas. Um grande Abraço."

Mara Paulina Arruda, escritora – Chapecó, SC.

 

 

 

"João Pessoa, 19 de junho 2012

Cláudio B. Carlos

Gostei imensamente de O Uniforme e de Um Arado Rasgando a Carne. Há muito não via histórias curtas tão densas. Lembram-me – por essa densidade e pela concisão – as peças igualmente breves, de Beckett. Lembram-me, pelo modo como você nos situa quase sempre numa realidade que não conhecemos e, de repente, conhecemos com minúcia, a técnica do non finito das artes plásticas. Veja isso no começo de uma dessas narrativas:

Das lembranças que tenho, a que sempre me vem COMO UM SONHO recorrente, É A DO PIJAMA AZUL de meu pai.

Isso me leva diretamente a um guache-aquarela de Egon Schiele – Esta Laranja era a única luz.

Você parece querer confirmar isso no final de 'Um Amor Distraído':

E conseguia perceber NO MEIO DO IMENSO NADA, a DISTRAÇÃO.

Ou seja: seus textos, imensamente bem escritos, descritos, nos põem de imediato num breve momento da vida gaúcha, quase sempre de um passado remoto, da infância, com aquele jogo precisão/imprecisão da memória de alguém consciente agora, sobre o que houve num tempo distante em que vivia mais do que analisava a vida.

De repente, plaft: o rato que cai na mesa durante a janta, na agonia nojenta mas finalmente engarfada.

De repente, o minúsculo mas exato ruído das patas da barata na madeira, 'como o de unhas batendo alternadas numa mesa'. E seu texto certeiro comenta: 'Ela era elétrica, rápida'.

O que melhor do que isto, em 'Balada para Adonai Mellendez'?:

morrera sentado, infiltrado pela mistura dos cheiros: cachaça, suor, nicotina, porra. e o cigarro queimara entre os dedos murchos.

Ou, em 'A Caravana Passa':

Fechou o zíper, puxou a descarga, voltou ao espelho e com o pente de um e noventa e nove, que retirara do bolso de trás da calça, penteou meticulosamente os cabelos estilo sertanejo pop.

Em 'O Corpo', o enevoado toma conta de tudo, com o personagem de olhos fechados. 'Ouço o barulho da rua ao longe, através das pálpebras cerradas sinto a luminosidade da televisão ligada (OUÇO AS VOZES AO FUNDO COMO SE ESTIVESSE COM A CABEÇA DENTRO DE UMA LATA), não consigo abrir os olhos, A CAMA PARECE FLUTUAR LEVEMENTE'.

Em 'A Santa', uma descrição soberba de algo também insignificante:

Uma medalhinha amassada com a imagem de uma santa que carrega um guri no colo.

Só vi algo tão bonito, a respeito disso, em Vinicius:

Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesus Cristinho


Mais um detalhe insignificante que se torna tão poderoso quanto um garfo de Oldenburg:

Deu entrevero de gente. Todos queriam ver o resultado de mais de trinta dias de trabalho. (...) No centro, um dos engenheiros desatarraxava a geringonça. Eu era guri e fiquei impressionado: como podia caber tanta água dentro daquilo que os doutores chamavam de torneira...

Trabalho de mestre, Cláudio!"

Carta de W. J. Solha - romancista, poeta, artista plástico e ator de teatro e cinema (João Pessoa, PB).

 

 

 

Bocó de Mola 

 

          "Bocó de Mola reúne três livros breves de Cláudio B. Carlos (CC): O Desnascer do Nada, O Espelho de Narciso e O não-verbal. Produção independente, feita em casa, e, sobretudo, em edições invendáveis. Talvez seja este o adjetivo que melhor qualifica a poesia de CC. Não o invendável do hermetismo, da impossibilidade de ser lida por não eruditos, da poesia pretensiosa feita para três ou quatro iniciados, mas o invendável do poema que não se entrega, não arrefece nem alivia o grito. É uma poesia de posições firmes, mas não rígidas ao ponto de perderem o lirismo e caírem no panfletário: 'Sabes por que não temos/ oportunidades na vida?/ Porque elas estão nas novelas.' Denunciadora da condição humana, tanto em sua miséria, quanto em sua leveza. Poesia que não se vende às mentiras estabelecidas como verdades irrefutáveis ou às superficialidades inerentes ao nosso tempo. A linguagem de CC grita breves versos, quase como se fossem verbetes concentrados, definidores de si: 'Sou/ como o pão/ que nasce aos murros/ morre às facadas/ e nunca basto/ pra tamanha/ fome', da poesia: 'POESIA/ é o limite/ entre tristeza e contemplação', ou ainda uma das melhores definições do que é viver que já li: 'Viver é um eterno jus esperneandis'. Assim, seu olhar traz e traduz subjetivamente vários outros temas: o mundo, a política, o nada, Deus, a vida mesma nas suas esferas múltiplas de desordem e beleza.
         Os poemas se espalham sobre a página. Outro aspecto interessante dessa obra é que ela expõe um poeta que habita fronteiras, não geográficas, mas existenciais: um tanto amargo, um tanto doce, um tanto irônico, um tanto esperançoso, um tanto certeza, um tanto névoa. É com essa dualidade que vamos observando detalhes ínfimos como uma geladeira que resmunga na cozinha, talvez pelo vazio que sente, ou a nossa antiqüíssima mania de juntar quinquilharias, até que num dia de mudança percebemos que as coisas 'já não cabem no caminhãozinho do Godofredo', ou a existência de Deus comprovada na língua de um cachorro. Há também nesse Bocó de Mola uma investigação interna, ou o que poderia se chamar uma exteriorização da alma, para tanto a voz poética transita entre dúvidas e imperativos: 'HÁ QUE SE PÔR/ UM POUCO DE SAL/ G R O S S O/ PRECISAMOS IR AO FUNDO/ PRA SAIRMOS DO POÇO/ SOMOS TÃO INSIGNIFICANTES/ DIANTE DE TUA PORTA/ SOMOS TÃO NADA/ DIANTE DA VIDA/ DA MORTE'. 'Como me saber se é tudo um grande nada?'.
         O leitor, que não seja um bocó de mola, transitará nesse território, identificando-se, tomando parte no grito proferido nesses poemas. Irá se assumir como parte integrante da poesia invendável de Cláudio B. Carlos."

 

Rubens da Cunha
Poeta e escritor.

 

Orelha do livro Bocó de Mola.

 

 

 

 
Comentários sobre o poema “Gramatical” – no Facebook
 
"Incrível, pela arte, pela palavra! Poeta!"

Abraão Vitoriano, escritor – Santa Helena, Paraíba.
 
 
"Você, poeta, é um dos que fazem o facebook valer a pena..."

Drica Novo, cantora, compositora e guitarrista – Niterói, RJ.
 
 
"Metapoema, grandioso! Ainda que os interlocutores sigam em polos opostos – não necessaria-mente antagônicos..."

Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB).
 
 
 
"Brilhante malabarismo de palavras."

Emmanuel de Ceriz, escritor – Porto, Portugal.
 
 
"Bela celebração linguística."

Juscelino Pernambuco, escritor, professor do Mestrado em Linguística na Universidade de Franca (SP).
 
 
"E ainda dizem que os melhores escritores brasileiros da atualidade são fulano e beltrano. Precisam conhecer esse Cláudio."

Nilto Maciel, escritor – Fortaleza, CE.
 
 
Leia o poema – aqui.
 
 
 
Memórias do Jirau

"Terminei há pouco de ler Memórias do Jirau. Creio que é o teu melhor livro de poemas. Belo tra-balho com a linguagem: regional sem ser clichê. Vou recomendar por aí."

Luis Fernando Ferreira, jornalista – Santa Cruz do Sul, RS.
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